Quais então as principais tendências a esperar do enoturismo em geral?
Beber e provar não bastam
As adegas de hoje irão no amanhã focar-se lentamente em explicar mais demoradamente os seus processos na vinha, na vinificação da adega e no envelhecimento. Hoje a Internet trouxe mais consumidores informados e que exigem mais informação. Quer seja através de experiências imersivas como a prática das vindimas, ou o fazer o seu próprio vinho ou o visita temática feita por um enólogo, o enoturista quer sair da adega com uma predisposição para comentar e apreciar de forma mais técnica o vinho; no fundo quer sair com uma sensação de estar mais informado e mais apetrechado para falar de vinho com todos aqueles com quem compartilha este tão valioso néctar.
A visita a nova e menos conhecidas Regiões Vitivinícolas
Cada vez mais quem faz tours procura algo a que não está habitualmente exposto. Por esta razão e pelo facto das companhias aéreas terem aumentado o número dos seus destinos também, na tentativa de se diferenciarem, hoje os consumidores de vinho e de tours têm acessos muito melhorados a estas mesmas zonas e às suas castas nativas tornando-se, num futuro próximo, destinos excelentes para adegas e operadores de serviços trabalharem de forma integrada no sentido da potenciação da procura. Para este objectivo muito contribui o aumento do número de restaurantes, hotéis nessas mesmas zonas.
Trabalhar só não chega
Para as adegas e para os operadores de enoturismo não chega trabalhar apenas com os produtos conceptualizados por si. Terão no futuro que se associar em rede, de forma a potenciar a cadeia de valor do vinho, oferecendo produtos integrados que permitam através do vinho e da comida de uma região, ou de um país ilustra a sua cultura, expor as suas gentes e a sua forma de estar no mundo do vinho e na vida. Trata-se pois de providenciar uma experiência holística e não sectorial.
As adegas como destino gastronómico e não só de vinho
A experiência da The Best Portugal demonstra que quase em 100% dos casos quem faz tours de vinho adora os prazeres da mesa. Acima acreditamos e começamos já a observar que as adegas se tornam grandes centros não só de vinho, mas de gastronomia. Quer puxando para seu redor chefs famosos, acontecimentos gastronómicos, eventos de pairing de vinho e comida as adegas do futuro terão de acompanhar em qualidade e em tipicidade os restaurantes das regiões. Para o efeito não terão de ser meramente seus competidores, mas sim complementos em termos de ofertas de novos serviços para os seus clientes mais diferenciados.